SC Braga fecha época 2024/25 com prejuízo de 11 milhões, mas sublinha aposta no futuro e estabilidade financeira

O SC Braga apresentou um resultado líquido negativo de 10,985 milhões de euros no Relatório e Contas referente à época 2024/25, divulgado esta segunda-feira. Embora os números revelem um exercício em prejuízo, a administração da SAD, liderada por António Salvador, assegura que o desfecho é consequência direta de uma estratégia pensada a longo prazo, assente no reforço estrutural e desportivo do clube.

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No documento, os bracarenses explicam que o aumento do investimento em áreas consideradas fundamentais para o crescimento da sociedade desportiva teve impacto nas depreciações e amortizações, refletindo-se de forma inevitável nos resultados finais. “Estes investimentos, naturalmente estratégicos para o crescimento futuro da sociedade, acarretaram um acréscimo expressivo nas depreciações e amortizações registadas, o que contribuiu de forma significativa para o resultado líquido apresentado”, lê-se na nota divulgada pelo clube minhoto.

Apesar do prejuízo, a SAD considera que o caminho seguido foi o correto, defendendo que a prioridade passou por preservar a base competitiva do plantel e o potencial de valorização dos seus ativos. “Os resultados financeiros até poderiam ter sido diferentes, mas a opção foi preservar o talento interno e garantir uma base forte e consolidada com vista a alcançar os objetivos definidos para 2025/26, nomeadamente o regresso à Liga Europa”, explica o relatório.

Os números ganham outra leitura quando se têm em conta as grandes vendas efetuadas já após o fecho do exercício. As saídas de Roger Fernandes para o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, por 32 milhões de euros fixos mais 2,5 milhões em objetivos, e de Simon Banza para o Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos, por 8,5 milhões fixos e um milhão em variáveis, não entraram nas contas agora apresentadas. Caso tivessem sido incluídas, o resultado final passaria facilmente para terreno positivo.

Mesmo com o saldo negativo, o relatório evidencia indicadores financeiros sólidos. O EBITDA ascendeu a 6,162 milhões de euros e o ativo atingiu o valor recorde de 169,783 milhões, um crescimento de 1% face ao ano anterior. O passivo situa-se nos 100,763 milhões de euros, enquanto os capitais próprios se fixam em 69,020 milhões, traduzindo uma autonomia financeira de 41%.

Estes dados refletem, segundo o SC Braga, uma estrutura financeiramente equilibrada e capaz de sustentar o crescimento do clube nos próximos anos, sem comprometer a competitividade desportiva. A aposta em manter talento, reforçar infraestruturas e consolidar o modelo de gestão é vista como a base para novos sucessos, tanto em Portugal como nas competições europeias.

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