O novo regulador do futebol inglês poderá vir a obrigar os proprietários dos clubes a venderem as suas participações nas agremiações se considerar que a gestão dos mesmos é irresponsável e que “não assumem responsabilidades pelo futuro”.
Esta ideia foi avançada por David Kogan, primeiro presidente do recém-criado órgão regulador do futebol inglês, em declarações à BBC Sport.
Nomeado na segunda-feira para o cargo, Kogan explicou que medida seria aplicada “apenas como último recurso”.
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Uma ideia que surgiu após ter-se reunido com quatro grupos de adeptos do Sheffield Wednesday, histórico clube que está mergulhado numa crise dentro e fora dos relvados, incluindo salários em atrasos aos jogadores, que levaram a English Football League – EFL – (organismo que rege as provas a partir da League One – 3.ª divisão) a aplicar restrições nas contratações ao emblema de South Yorkshire, entretanto levantadas.
“Se me pergunta se interviríamos em última instância, a resposta é sim, quando tivermos provas suficientes e soubermos o que se passa. Mas o que queremos, antes de tudo, é trabalhar com os proprietários para resolver os problemas”, comentou o dirigente.
O novo regulador do futebol inglês também terá como missão resolver o impasse financeiro entre a Premier League e a EFL, relativo à redistribuição das receitas. Os clubes da English Football League querem mais dinheiro proveniente da Liga Inglesa.
A criação deste novo regulador do futebol inglês não caiu no agrado da Premier League. Os dirigentes da liga mais mediática do Mundo receiam perder competitividade