O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) aplicou ao FC Porto um total de 30.855 euros em multas, devido ao comportamento incorreto dos adeptos durante o clássico com o Benfica, disputado no passado domingo no Estádio do Dragão.
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A maior parte da penalização está relacionada com o uso de pirotecnia, que resultou em coimas de 6.375 euros e 9.560 euros. O CD também sancionou o clube pelos insultos dirigidos a José Mourinho, atual treinador do Benfica, que incluiu cânticos ofensivos e a exibição de tarjas com mensagens alusivas ao técnico, como “Só há um Special One”.
Os portistas foram ainda penalizados pelo apoio público das claques Super Dragões ao antigo líder Fernando Madureira, atualmente a cumprir pena de prisão no âmbito da Operação Pretoriano. Durante o encontro, foram exibidas faixas com frases como “Em Lisboa há fogo, soco e empurrão” e “Só o Macaco está na prisão”, o que motivou novas sanções à SAD azul e branca.
O CD apontou ainda o arremesso de objetos — entre eles bolas de cartão, garrafas de água e moedas — em diferentes momentos do jogo, sobretudo junto ao túnel de acesso aos balneários, comportamento que valeu ao FC Porto uma multa adicional de 3.190 euros. Apesar de nenhum dos objetos ter atingido jogadores ou elementos das equipas técnicas, o episódio foi considerado grave.
A SAD portista foi também multada em 6.375 euros pela intervenção indevida do speaker, que terá incentivado o público em apoio à equipa durante a partida.
O relatório do CD refere ainda que, antes do início do jogo, alguns adeptos exibiram seis tarjas de grandes dimensões na bancada norte, fora da zona ZCEAP, com mensagens como “Do coração da norte” e “Ao coração da cidade”. Após análise, o caso foi arquivado, por não se verificarem infrações disciplinares.
Este foi o primeiro jogo após a ratificação do protocolo entre o FC Porto e as claques Super Dragões e Coletivo Ultras 95, que prevê redução de bilhetes consoante o valor das sanções aplicadas ao clube. No caso de multas entre 15 mil e 35 mil euros, como aconteceu neste clássico, o acordo estipula uma redução até 50% da bilhética atribuída às claques.