Tiah-Mai Ayton, de 19 anos, está de olhos postos no objetivo de se tornar a mais jovem campeã mundial de boxe da era dos quatro cinturões.
A norte-americana Gabriela Fundora tinha apenas 22 anos quando conquistou todos os títulos mundiais na categoria de peso mosca, em novembro de 2024, mas Ayton não tem problemas em afirmar que a sua ambição passa por quebrar esse registo.
E credenciais para tal não lhe faltam: em mais de 300 combates de Muay Thai, artes marciais mistas, kickboxing, jiu-jitsu e boxe, só foi derrotada em três deles – e desforrou-se, depois, de quem a venceu em todos eles.
Agora, sábado, disputar a sua segunda luta profissional de boxe contra Lydie Bialic e não tem dúvidas de que vai acabar por quebrar o registo de Fundora. “É um desafio para mim. Mas tenho muito tempo.”
Mas Ayton não está apenas de olho em recordes. “Quero ser campeã incontestada no peso galo e no supergalo, e depois no peso pena e superpena”, sublinhou.
“Quero lutar nestas quatro categorias e ser campeã incontestada em todas elaas. A fasquia é alta, mas acho que consigo.”
Apenas uma pugilista, Claressa Shields, conquistou todos os quatro títulos mundiais em três pesos diferentes; ainda ninguém conseguiu isso em quatro.
Na categoria de juvenis, Ayton foi pentacampeã nacional e conquistou o ouro na categoria de 57 kg no Campeonato Mundial Amador, realizado no Colorado, no ano passado.
Depois, veio uma impressionante vitória por KO ao terceiro assalto na sua estreia como profissional, contra Sara Orszagi, em junho.
Mas, apesar de querer fazer história no desporto, se não fossem as quezílias de infância com a irmã, talvez nem tivesse descoberto o seu talento.
“Na verdade, é tão tonto. Comecei porque eu e a minha irmã andávamos sempre a brigar. Então o meu pai apresentou-nos ao kickboxing aos seis anos, e a partir daí sempre soube que seria uma lutadora”, explica.