Os ex-presidentes da FIFA e da UEFA, Joseph Blatter e Michel Platini, foram hoje definitivamente absolvidos na Suíça, depois de o Ministério Público da Confederação ter anunciado que não apresentará novo recurso, aceitando as decisões absolutórias de primeira e segunda instância.
“ O Ministério Público da Confederação renuncia a apresentar recurso”, indicou o organismo em comunicado, pondo fim ao processo que visava o alegado pagamento ilícito de dois milhões de francos suíços (cerca de 1,8 milhões de euros) efetuado pela FIFA a Platini em 2011.
Em 25 de março, o Tribunal Penal Federal, reunido em Muttenz, voltou a absolver Blatter e Platini, confirmando o veredito de julho de 2022. O Ministério Público havia recorrido da primeira decisão, mas a justiça suíça voltou a não encontrar fundamento para condenação.
No início de março, a Procuradoria-Geral pedira um ano e oito meses de prisão, com pena suspensa por igual período, para ambos os arguidos. A acusação sustentava a ilicitude do pagamento relativo a serviços prestados por Platini como conselheiro de Blatter entre 1998 e 2002.
Blatter e Platini sempre negaram qualquer irregularidade, justificando a transferência com um “acordo de cavalheiros” e alegando que o valor foi pago mais tarde devido à situação financeira da FIFA à época. Com a desistência do recurso, o caso fica encerrado.
