Afinal Sporting ficou melhor… sem Gyokeres na frente. Leão com mais remates e mais posse de bola no início da I Liga

A saída de Gyokeres para o Arsenal gerou muita preocupação nas hostes leoninas. O avançado sueco que teve responsabilidade direta em 67 dos 127 golos apontados pelo Sporting na época passada (54 golos e 13 assistências) e em 57 dos 141 tentos de 2023/24 (43 golos e 14 assistências) decidiu forçar a saída par o Arsenal, depois de 102 jogos de Leão ao peito.

Luis Suárez foi a aposta da SAD leonina para colmatar a saída de Gyokeres. Os números do colombiano no Almeria (melhor marcador da Segunda Liga Espanhola com 27 golos, 31 golos e oito assistências em 43 jogos em 2024/25) convenceram a SAD liderada por Frederico Varandas fazer do avançado de 27 anos a contratação mais cara da história do Sporting (22,1 ME fixos, mais 5,2 ME em variáveis)

Pensava-se que os bicampeões nacionais iriam ressentir-se da ausência do homem que fez a diferença em Portugal nas últimas duas temporadas, mas os números apresentados nas primeiras duas rondas mostram algo completamente diferente.

O que se viu nestas duas primeiras rondas é um Sporting menos dependente das individualidades, com um futebol mais coletivo, mais dominador, com todos envolvidos no ataque.

Se diante do Casa Pia na ronda inaugural ficou a sensação que os de Rui Jorge ficaram a dever muitos golos aos adeptos, na estreia em Alvalade fizeram questão de os compensar com meia dúzia diante do Arouca, num jogo os Lobos da Serra da Freita jogaram 60 minutos com menos um.

Nas primeiras duas rondas da I Liga, os Leões apresentam uma média de 23 remates por jogo. Diante do Casa Pia foram 27 remates, a somar aos 19 diante do Arouca, de acordo com os números do Playmakerstats.

Para Rui Borges, é um recorde. E para encontrar um Leão tão rematador, é preciso recuar até a 9.ª jornada da época passada, ainda com Ruben Amorim ao comando: 33 remates diante do Famalicão.

A equipa tem uma média impressionante de 11 remates enquadrados por partida, o que se explica também pelos oito golos já marcados. A pontaria esteve afinada diante dos arouquenses, já que seis dos dez remates feitos em direção à baliza terminaram em golo. O mesmo não se pode dizer da estreia diante do Casa Pia, num jogo onde os Leões criaram muito e concretizaram pouco: só dois dos 12 remates à baliza deram em golo frente aos Gansos.

Com um jogo mais pensado, sem necessidade de lançar o avançado em profundidade como várias vezes se viu com Gyokeres em campo, o Sporting vai tendo mais bola. Nas duas primeiras rondas, teve uma média de 62% de posse de bola.

Apesar de ter jogado com mais um desde os 30 minutos frente ao Arouca, os de Rui Borges só tiveram 57% de posse de bola frente aos Lobos, contra os 67% frente ao Casa Pia.

Além dos números ofensivos, há que ver a performance defensiva. O Sporting não estava sem sofrer golos nas primeiras duas jornadas da I Liga desde 2017/2018.

Na 3.ª jornada será o Nacional a tentar travar a avalanche ofensiva dos bicampeões nacionais, na Choupana. Um jogo marcado para às 18h00 do dia 23 de agosto, sábado.

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