Chegou ao fim o Campeonato do Mundo de Clubes 2025, com o Chelsea a erguer o troféu após uma campanha de autoridade e um triunfo claro por 3-0 sobre o Paris Saint-Germain na final. No entanto, nem o estatuto de campeão garante aos londrinos presença na próxima edição, prevista para 2029.
Ao contrário do que acontece noutras competições, a FIFA aboliu há vários anos o critério de entrada automática do detentor do título na edição seguinte. Ou seja, o Chelsea terá de garantir presença no Mundial de 2029 por via do mérito desportivo, através do desempenho nas competições continentais — nomeadamente, na Liga dos Campeões da UEFA.
Até ao momento, estão quatro equipas já confirmadas na próxima edição: o Paris Saint-Germain, como campeão europeu de 2024/25; o Cruz Azul (CONCACAF); o Pyramids FC, do Egito (CAF); e o Al Ahli, da Arábia Saudita, que se tornou o primeiro qualificado após vencer a Liga dos Campeões asiática.
FIFA quer mais equipas, novo formato e… mais estrelas
A FIFA está a analisar mudanças substanciais na competição. O alargamento desta edição para 32 equipas — num formato inspirado no Mundial de seleções — parece não ter sido suficiente para os objetivos de crescimento da organização. Segundo o diário espanhol AS, o organismo presidido por Gianni Infantino quer aumentar para 48 equipas o número de participantes, replicando o modelo previsto para o Mundial de 2030.
Além disso, está em cima da mesa um novo formato de qualificação. Clubes como Barcelona e Liverpool, que ficaram de fora desta edição apesar da sua dimensão global, poderão ter uma nova oportunidade através de playoffs intercontinentais para equipas de maior peso que não consigam o apuramento via resultados.
Portugal na rota do Mundial?
Quanto à sede do torneio de 2029, a FIFA ainda não anunciou a decisão final. No entanto, um dos cenários mais fortes será o de realizar o Mundial de Clubes no mesmo local onde decorrerá o Mundial de seleções de 2030, como teste logístico. Recorde-se que esse torneio será coorganizado por Portugal, Espanha e Marrocos, o que abre a porta à realização de jogos do Mundial de Clubes em território nacional — algo inédito.
Outras opções estão em cima da mesa. Os Estados Unidos, que receberam a edição deste ano, são sempre uma escolha apetecível em termos comerciais e organizativos. Já o Qatar, com infraestruturas de excelência, também é apontado como hipótese, mas enfrentaria o desafio climático — e o impacto que isso teria no calendário competitivo, sobretudo com um Mundial de seleções marcado para poucos meses depois.
Uma coisa parece certa: o Mundial de Clubes está longe de ser um produto fechado. A FIFA continua a testar formatos e estratégias de internacionalização que transformem esta competição num verdadeiro campeonato global de elite. Mas, por agora, o Chelsea é o rei — mesmo sem trono garantido na próxima edição.