Grandes mudanças na Red Bull Racing. Christian Horner foi despedido do cargo de CEO e chefe de equipa da formação austríaca da Fórmula 1, lugar ocupava há 20 anos. Para o seu lugar de CEO entra Laurent Mekies, que até agora desempenhava o papel de chefe de equipa da escuderia Racing Bulls.
Esta mudança levará Alan Permane, também da Racing Bulls, para a Red Bull, para ocupar o cargo de chefe de equipa, posição que desempenhava na equipa satélite da gigante austríaca.
“Gostaríamos de agradecer a Christian Horner pelo trabalho excecional ao longo dos últimos 20 anos. Com o seu compromisso incansável, experiência, perícia e pensamento inovador, foi essencial no estabelecimento da Red Bull Racing como uma das equipas mais bem-sucedidas e atrativas na Fórmula 1. Obrigado, Christian, e farás para sempre parte da história da nossa equipa”, escreveu o diretor de gestão da Red Bull, Oliver Mintzlaff.
$$caption$$
Nos 20 anos em que Christian Horner esteve à frente da equipa, a Red Bull conquistou oito títulos mundiais de pilotos e seis de construtores. O britânico de 51 anos chegou à Red Bull no início de 2005, quando a multinacional das bebidas energéticas adquiriu a estrutura da Jaguar.
E agora, Red Bull?
A decisão da Red Bull em prescindir do seu chefe de equipa surge num momento delicado da formação austríaca na Fórmula 1, apesar dos enormes esforços de Max Verstappen em minimizar os estragos, corrida após corrida.
A Red Bull perdeu a supremacia que tinha para a McLaren, equipa que domina esta época da Fórmula 1 e que tinha dominado parte da última que lhe valeu o título de campeão de construtores, apesar de Verstappen ter ganho o de pilotos.
A equipa só conquistou duas vitórias nas 12 provas já disputadas, ambas com Verstappen. Neste momento, Max Verstappen, tetracampeão Mundial, está a 69 pontos de Oscar Piatri, (McLaren), líder do Mundial de Pilotos. Na luta pelo título de construtores, a Red Bull é apenas quarta colocada, atrás de McLaren, Ferrari e Mercedes.
A saída de Horner era mais do que esperava e há muito pedida no ‘paddock’. Há cerca de ano e meio, o britânico foi acusado de assédio sexual por uma funcionária da Red Bull. O escândalo levou a uma investigação interna, mas Horner foi ilibado.
A relação de Horner com Jos Verstappen, pai de Max Verstappen e gestor da carreira do neerlandês também não era a melhor. O antigo piloto pediu o afastamento de Horner aquando do escândalo das acusações de assédio sexual, mas a equipa preferiu manter o seu chefe de equipa.
O mau ambiente na Red Bull levou a Mercedes a aproximar-se de Max Verstappen e, no paddock, há informações de que o tetracampeão Mundial vai mudar-se para a escuderia alemã para trabalhar com Toto Wolf. A Red Bull perdeu performance nos últimos dois anos e Max quer uma equipa que lhe dê ferramentas para lutar por títulos.
Nos últimos anos, algumas figuras que estiveram ligadas aos êxitos da Red Bull também saíram, como foi o caso de Adrian Newey, um dos mais destacados engenheiros do ‘Grand Circus’. Newey mudou-se para a Aston Martin.
Rob Marshall, que era designer, mudou-se para a McLaren, caminho que será seguido por Will Courtenay, chefe estrategista, no final da temporada.
Esta mudança aparece num momento crucial da Fórmula 1. Em 2026, entrará em vigor novos regulamentos técnicos e novos motores e formação austríaca não terá dois os principais pilares do seu sucesso para a transição: Christian Horner e Adrian Adrian Newey.
A Red Bull encerra, no final desta época, a parceria com a Honda, fornecedora de motores com a qual conquistou quatro títulos mundiais de pilotos e construtores, e vai para a nova era com um motor desenvolvido internamente, com o apoio da Ford.