Europeu feminino: Portugal com trabalho árduo no Grupo B e a sonhar com ‘quartos’

Portugal inicia na quinta-feira a terceira participação seguida na fase final de um campeonato Europeu feminino, na Suíça, onde a missão de passar a fase de grupos, com Espanha, campeã do Mundo, Itália e Bélgica, se antevê muito complicada.

Nas duas únicas presenças nas fases finais, a primeira em 2017, nos Países Baixos, e a segunda em 2022, em Inglaterra, a seleção comandada por Francisco Neto não ficou com muito boas recordações, já que em ambas as edições não foi além da fase de grupos. Na edição que agora começa, fazer história, com uma qualificação para os ‘quartos’, também não se adivinha fácil.

A seleção lusa, 22.ª do ranking mundial FIFA, terá de ficar num dos dois primeiros lugares do Grupo B para aceder à fase a eliminar e o primeiro jogo, agendado para Berna, prevê-se como o mais difícil, já que pela frente estará a segunda da hierarquia mundial, Espanha, que só ‘perde’ para os Estados Unidos, e que recentemente, no Grupo A3 da Liga das Nações, dizimou as lusas em dois jogos (4-2 e 7-1).

A Espanha, primeira seleção que Portugal defrontou num Europeu – perdeu por 2-0, em 2017 -, é a grande favorita a vencer a ‘poule’ e o torneio, chegando a solo helvético motivada pelo apuramento para a ‘final four’ das Liga Nações, prova em que Portugal acabou despromovido à liga B.

A seleção ‘roja’, recheada de jogadoras que ganharam o Mundial, realizado em 2023 na Nova Zelândia, vai apenas para a quinta presença, contudo, surge entre as mais fortes, muito por culpa da liderança das ‘Bolas de Ouro’ Aitana Bonmatí (2023 e 2024) e Alexia Putellas (2021 e 2022), colegas de equipa de Kika Nazareth no FC Barcelona.

A 13.ª posicionada do ‘ranking’ Itália, vice-campeã europeia em 1993 e 1997, estará na fase final pela 13.ª vez, após ter vencido o Grupo A1 de apuramento, à frente de Países Baixos, Noruega e Finlândia, e será a segunda opoente das lusas, em 07 de julho, em Genebra, local onde Portugal vai ter o seu quartel-general.

Com um grupo assente em jogadoras da Serie A transalpina, Itália assume clara intenção de seguir para os ‘quartos’ e surge motivada pelo bom desempenho conseguido no Grupo A4 da Liga das Nações, no qual assegurou a permanência de forma direta, só atrás da Suécia, que seguiu para a ‘final four’.

Na terceira e última ronda acontece o confronto com a Bélgica (20.ª), que vai, à semelhança de Portugal, para a terceira participação, embora tenha, em 2022, conseguido atingir os quartos de final, após ficar atrás da França, mas à frente da Islândia e da Itália, que agora reencontra.

Se a Bélgica é, na teoria, o opoente mais acessível para as lusas na cidade de Sion, a recente derrota na derradeira ronda do Grupo A3 da Liga das Nações, por 3-0, e que ditou a despromoção de Portugal à liga B, deixa a dúvidas, embora a equipa de Francisco Neto tenha imperado sobre as belgas para a mesma competição (1-0), na segunda ronda.

Em 2023, na caminhada para o Mundial, Portugal ultrapassou a Bélgica na primeira ronda do play-off europeu de apuramento, com um triunfo caseiro por 2-1, em 06 de outubro de 2022, em Vizela, num embate decidido com um tento de Fátima Pinto, aos 89 minutos.

A equipa feminina portuguesa ficou-se pela fase de grupos nas duas primeiras participações em Europeus e sempre no quarto lugar, defrontando, em 2017, Espanha (0-2), Escócia (2-1) e Inglaterra (1-2) e, em 2022, Suíça (2-2), Países Baixos (2-3) e Suécia (0-5).

Na Suíça, Portugal vai estrear-se, no Grupo B, com a Espanha, campeã do mundo, na quinta-feira, em Berna, defrontando, quatro dias depois, a Itália, em Genebra, e a Bélgica, no dia 11, em Sion.

A Inglaterra é a atual detentora do troféu, sucedendo aos Países Baixos, num historial dominado pela Alemanha, que detém oito títulos, o primeiro como República Federal da Alemanha (RFA), seguida de Noruega, com dois, e ainda Suécia, também com um.

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