Cristiano Ronaldo: O ‘Monstro’ competitivo que continua atrás dos títulos e recordes

Cristiano Ronaldo foi durante 20 anos um ‘monstro insaciável’ na conquista de títulos nos grandes palcos do futebol mundial, até estagnar o seu currículo no Al Nassr, situação que deseja reverter, após renovar o seu vínculo aos sauditas.

Aos 40 anos, ‘CR7’ continua a revelar ambição – o capitão da seleção nacional ajudou à recente conquista da Liga das Nações por Portugal – e a continuidade no Al Nassr, que nos últimos dois anos e meio não conseguiu qualquer troféu oficial, soa a teimosia em busca do sucesso em todos os clubes pelos quais passou.

FOTOS: Cristiano Ronaldo: 40 anos, 40 momentos de uma carreira brilhante

O madeirense deseja ser campeão na Arábia Saudita e reforçar o palmarés com os títulos com que foi alimentando a sua invejável carreira, juntando-lhe os golos cujo festejo é a sua imagem de marca.

Atingir a meta dos 1.000 golos em jogos oficiais – leva apontados 944 – será mesmo, nesta altura, o maior estímulo para Cristiano Ronaldo, que prometeu “subir a fasquia”.

Depois de sair do Sporting, no qual se formou e festejou a Supertaça de 2002, no banco de suplentes, o madeirense alimentou todo o seu percurso por títulos e recordes, com passagens pelos colossos europeus Manchester United, duas vezes, Real Madrid e Juventus, tornando-se no mais mediático entre todos os da sua profissão.

Durante mais de uma década, na qual conquistou mais de 30 troféus e estabeleceu uma série de recordes, protagonizou com Lionel Messi a luta pela honra de ser o melhor do mundo, tenho ganho o galardão em cinco ocasiões, contra oito do argentino.

“Eu não persigo os recordes, estes é que me perseguem”, disse, já por mais do que uma vez.

Numa carreira invejável, falta-lhe apenas o título de campeão mundial por Portugal, sendo que, mantendo-se no ativo e a nível competitivo elevado, tem uma derradeira oportunidade, em 2026, na prova que vai decorrer nos Estados Unidos, Canadá e México, caso a equipa das ‘quinas’ lá chegue.

Depois de ter ficado em ‘branco’ no Europeu de 2024, a sua sexta presença no maior evento continental, um recorde, tal como o acumulado de 14 golos nas cinco edições anteriores, o avançado garantiu que nunca lhe “passou pela cabeça” deixar a seleção.

Cristiano Ronaldo é mesmo o melhor marcador da história de uma seleção masculina, com 138 golos em 221 jogos, contribuindo decisivamente para a conquista do Euro2016, em França, e das duas Ligas das Nações, em 2019, no Estádio do Dragão, no Porto, e em 2025, em Munique, na Alemanha.

O madeirense chegou muito jovem ao Sporting, no qual despontou e captou a atenção do mítico treinador Alex Ferguson, que o levou para o Manchester United, destacando-se nos ‘red devils’ até se mudar para o Real Madrid, clube no qual viveu os seus maiores êxitos.

Passou, posteriormente, pela Juventus, regressou ao Manchester United, sem o mesmo sucesso da primeira passagem, ao ponto de se sentir “traído”, motivo pelo qual rescindiu e, em 30 de dezembro de 2022, surpreendeu o mundo ao mudar-se para o futebol saudita, para o Al Nassr, a troco de um contrato de 500 milhões de euros, por duas épocas e meia.

Ainda com 17 anos, em 14 de agosto de 2002, o romeno László Bölöni lançou um então franzino Ronaldo num encontro da Liga dos Campeões frente ao Inter Milão, com o primeiro golo (e logo dois) a surgir ao sexto jogo, o terceiro a titular, frente ao Moreirense, no antigo Estádio José Alvalade.

A primeira boa época e um particular no arranque da temporada 2003/04 frente ao Manchester United despertaram o interesse de Ferguson, que não hesitou em levá-lo para Inglaterra por uns ‘míseros’ 15 milhões de euros (ME).

Nos ‘red devils’ ganhou a sua primeira Liga dos Campeões, em 2007/08, frente ao Chelsea, num encontro em que marcou um golo, mas falhou uma das grandes penalidades no desempate.

Após seis temporadas no Manchester United, o Real Madrid decidiu bater o que era na altura o recorde de transferências, ao pagar 94 ME – a mudança para a Juventus seria mais cara em 2018 -, investimento que foi pago em campo pelo português, que se tornou no melhor marcador da história dos ‘merengues’, com 450 golos em 438 jogos.

A vitória na Liga dos Campeões em 2017/18, a quarta pelo Real Madrid e a terceira consecutiva, marcou a despedida dos ‘blancos’, com ‘CR7’ a mudar-se para a Juventus, a troco de mais de 100 milhões de euros, amealhando em Turim duas Ligas, uma Taça e duas Supertaças, com um total de 101 golos em 134 jogos.

O aguardado regresso a Manchester foi amargo para Cristiano Ronaldo, que, mesmo com 27 golos em 54 encontros, divididos por uma época e meia, não voltou a ser feliz e acabou por sair em claro choque com o treinador neerlandês Erik ten Hag.

Os ‘red devils’ marcaram a despedida de Ronaldo da Europa, que deixou como melhor marcador (140 golos) e jogador com mais jogos (183) da história da Liga dos Campeões, prova que se tornou o primeiro a vencer por cinco vezes.

Cristiano Ronaldo emergiu como a imagem e o impulsionador da milionária aposta da Arábia Saudita no futebol, também como forma de melhorar a imagem do país no exterior e ajudando-o a garantir a organização do Campeonato do Mundo de 2034 – além de abrir as portas a outros jogadores para uma liga que ganhou mediatismo internacional.

Desportivamente, a sua mudança para o Al Nassr não se tem revelado acertada em termos de conquistas, situação que deseja alterar com esta renovação do vínculo.

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