Caso da Lei da nacionalidade tivesse sido aplicada no passado, essa exigência teria certamente condicionado muitas carreiras de vários desportivas.
Recorda o jornal Público, que à Luz da nova proposta da Lei da Nacional, que foi aprovada na segunda-feira, em conselho de Ministros, várias das grandes figuras do nosso desporto poderiam ter prosseguido caminhos diferentes.
A nova Lei exige de sete a 10 anos de residência em território nacional para obtenção da nacionalidade portuguesa.
O Público recorda que por exemplo no futebol da dezena de jogadores naturalizados apenas cinco cumpririam “as disposições atuais”, enquanto que metade deles teriam que aguardar para atingirem os setes anos de residência em território nacional. São os casos de Deco, que chegou a Lisboa em 1997 e estreou-se pela seleção em 2003, só o poderia fazer em 2004; Pepe (2001/2007), Liedson (2003/2009) e o primeiro jogador naturalizado, David Júlio (1957/60) e ainda Lúcio Soares (1959/60). Exceptuando David Júlio, todos os outros jogadores contam com origem brasileira.
O mesmo não se aplicaria a Matheus Nunes que chegou a Portugal ainda em criança o que também se aplica no caso de Danilo Pereira.
Fora do âmbito do futebol, nem Alfredo Quntana (2011/2014) nem Alexis Borges (2003/2007) seriam opções na seleção de handebol no atual enquadramento.
No caso do atletismo, recorda o diário, o caso mais evidente é o de Pedro Pablo Pichardo. O cubano que chegou a Portugal em 2017 viu o processo ser concluído no mesmo ano, apesar de ter aguardado mais um ano e meio para competir em competições internacionais. O velocista Francis Obikwelu chegou a Portugal em 1994 e em 2001 já envergava as quinas ao peito, quando faltariam três anos para atingir o prazo de residência.