Costuma-se dizer que tudo na vida é relativo, o que para uns parece insignificante, para outros pode significar uma autêntica mudança de vida. O caso do Auckland City pode bem ser considerado um exemplo disso mesmo.
A equipa neo-zelandesa, formada por jogadores semi-profissionais, empatou esta terça-feira a um golo diante do Boca Juniors. Esta igualdade, não só constitui um marco histórico no clube em termos desportivos, como também no que diz respeito ao aspeto financeiro.
É que, segundo a FIFA, o empate do Auckland City diante do Boca permitiu aos neozelandeses um encaixe de quase 930 mil euros, um novo recorde na história do clube.
Para ser ter noção da dimensão do feito desta equipa, é preciso referir que 930 mil euros é 11.111 vezes mais do que os 84 euros que cada jogador recebe por semana.
Todos os jogadores do Auckland City têm empregos em ‘part-time’, como é o caso de Sebastian Ciganda, guarda-redes suplente.
“Eu limpo piscinas e jacuzzis. Tive de pedir licença do meu emprego, caso contrário pediria demissão. Não recebi pelo tempo que estivemos nos Estados Unidos.”, afirmou Ciganda, acrescentando ainda que”o prémio será dividido entre toda a equipa técnica e plantel”.
Para além disto, o Auckland City nem sequer é o maior clube da sua cidade. Esse ‘título’ pertence ao Auckland FC, clube que alinha na primeira divisão do campeonato australiano e é capaz de oferecer valores muito superiores aos 93 euros que cada jogador do Auckland City recebe por cada jogo disputado na liga regional da ilha norte da Nova Zelândia.
