Um ponto foi o que o Benfica conseguiu salvar no mar de contrariedades que navegou no Hard Rock Stadium perante um agressivo e letal Boca Juniors, no final de segunda-feira. Os Encarnados estiveram a perder por 2-0, reduziram nos descontos do intervalo e empataram quando jogavam com menos um.
O jogo teve três vermelhos diretos (um deles mostrado a Ander Herrera, que estava no banco), e curiosamente, apenas quatro amarelos, apesar da muita agressividade colocada na disputa dos lances pelos argentinos.
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A Figura: Otamendi resgata um ponto
Curiosamente, após os dois golos do Boca Juniors, o Benfica só conseguiu reagir quando se apanhou a jogar com menos um. Belotti entrou ao intervalo, foi expulso aos 71 e, a partir daí, o Benfica cresceu na adversidade, até Otamendi empatar.
O golo do capitão – o oitavo da época – nasce de um canto cobrado por Kokçu para uma entrada de cabeça ao primeiro poste, sem marcação, aos 84 minutos. Parece que os sete golos anteriores de Otamendi não foram suficientes para chamar a atenção dos argentinos.
E o capitão Encarnado já tinha ganho a grande penalidade para o primeiro golo do Benfica, marcado por Di Maria, com muita classe. O Boca Juniors a sofrer dois golos… de argentinos.
Nico travou um luta intensa com Merentiel, ganhando quase sempre ao avançado Xeneize, e guiou os vice-campeões nacionas na revolta.
Outros destaques: Carreras e Di Maria presentes, Cesar Ramos ausente
Jogo sólido de Alvaro Carreras, sempre perigoso no seu corredor. Demorou a entender com Bruma mas cresceu no segundo tempo, principalmente quando o Benfica estava em inferioridade numérica.
Di Maria mostrou visão no lance onde isolou Bruma para um remate ao poste, mostrou classe na forma como converteu a grande penalidade no final do primeiro tempo. Mas, tal como a equipa, foi caindo de rendimento até ser substituído.
Difícil não falar da arbitragem do mexicano Cesar Arturo Ramos Palazuelos. Permitiu o jogo duro dos argentinos, não marcando faltas em várias ocasiões e esquecendo do amarelo em lances muito duros dos jogadores comandados por Miguel Angel Russo.
O maior erro aconteceu aos 83 minutos, quando Pavlidis foi nitidamente varrido na área, numa entrada sem bola e sem sentido de Jorge Figal. O árbitro deu… fora de jogo porque a bola sobrou para Akturkoglu, mas a falta do central argentino é demasiado óbvia. O VAR, desta vez, não interveio.
Depois acabou por dar apenas cinco minutos de descontos, numa segunda parte com muitas pausas, muitas faltas e quezilas no relvado e onde foi duas vezes ao VAR, além de sete substituições. E depois acabou o jogo mesmo no minuto cinco do tempo extra, quando o Benfica ia em contra-ataque. António Silva nem queria acreditar.
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