Benfica sagrou-se campeão nacional nos três principais escalões de formação pela 1.ª vez na história

O Benfica sagrou-se hoje tricampeão nacional de juvenis de futebol, após vencer o FC Porto (2-1), na última jornada do campeonato, no Seixal, tornando-se, pela primeira vez, campeão nacional nos três principais escalões de formação.

Um feito “inédito” na história do clube, destacou o treinador dos sub-17, Pedro Faria, instantes após o tradicional banho de água gelada dado pelos seus jogadores, que assimilaram da melhor forma o “processo” da formação do clube.

“É o culminar de uma época fantástica, que fica na história, também por isso [vencer nos iniciados, juvenis e juniores] e que vai validar o nosso processo. Estamos todos de parabéns, toda a estrutura do Benfica”, exultou o técnico tricampeão, que ergueu, pela primeira vez, o troféu dos sub-17, após dois anos consecutivos a celebrar no escalão inferior.

O banho dado pelos seus jogadores “soube bem”, admitiu Pedro Faria, no relvado do Benfica Campus, mas “também” o título no final de “uma época muito longa e exigente”.

“O escalão sub-17 é muito difícil. É uma gestão muito grande, uma carga emocional muito grande. São 11 meses e acaba por ficar tudo para o último jogo”, desabafou o treinador, aludindo ao “apuramento para o Europeu” do escalão, onde Portugal de sagrou recentemente campeão.

Pedro Faria destaca que, ‘acima de tudo”, há “orgulho” pelo “processo desenvolvido com os miúdos”.

“Tivemos momentos fora do normal durante a época, mas esta é uma equipa com um ADN incrível, tanto ofensivamente como defensivamente, e isso deixa-nos muito satisfeitos”, exultou.

E o “processo” da formação dos ‘encarnados, que Pedro Faria apontou várias vezes, “é o resultado de toda uma estrutura a trabalhar bem ao longo de muitos anos” para cultivar um ADN de competitividade em todos os escalões.

“Nós não somos obrigados a ganhar. Nós temos de ser competitivos e de ter um processo alicerçado nos nossos pressupostos para podermos competir. E isso, sim, é o nosso ADN”, resumiu, sem esquecer “o mérito do FC Porto” por ter levado a luta pelo título até aos últimos minutos do campeonato.

É que, na última jornada, o Benfica precisava apenas de empatar para fazer a festa, mas os ‘dragões’ ainda podiam sair do Seixal com o título, em caso de vitória.

E o FC Porto chegou mesmo a estar na frente do marcador, com um golo de Marco Silva (44 minutos), de cabeça, no seguimento de um pontapé de canto, mas a vantagem durou pouco tempo.

Ainda antes do intervalo, Tomás Soares (45+1) respondeu com forte remate, em arco, à entrada da grande área e, já na segunda parte, José Neto (54) consumou a reviravolta no marcador, na recarga a um livre direto batido por Tomás Soares que o guardião ‘azul e branco’ não segurou.

Em desvantagem, o FC Porto lutou com todas as forças até ao apito final, momento em que quase todos os jogadores caíram por terra, exaustos e alguns em lágrimas, confortados pelos jogadores do Benfica.

“Alguns são colegas de seleção, é normal estarem a ser confortados, pois são amigos”, validou o capitão dos ‘encarnados’, Miguel Figueiredo.

Para o médio, “ser campeão nos sub-15, sub-17 e sub-19” na mesma época “é história a ser feita” e é isso que os jogadores “procuram continuar a fazer”, independentemente dos adversários.

“É claro que o FC Porto é uma grande equipa, mas o nosso pensamento é sempre o de trabalhar mais do que os outros para sermos melhores e é sempre isso que vamos demonstrar dentro do campo”, apontou Miguel Figueiredo.

O Benfica sagrou-se hoje tricampeão nacional de futebol de sub-17 (juvenis), ao vencer o FC Porto por 2-1, no Seixal, em encontro da 18.ª e última jornada da fase de apuramento de campeão.

O clube da Luz, que terminou a fase de apuramento de campeão com 47 pontos, contra 44 do Sporting de Braga e 41 do FC Porto, que caiu para terceiro, reforçou a liderança do ranking da prova, com 22 títulos, contra 20 dos ‘dragões’ e 14 dos ‘leões’.

Com este triunfo, os ‘encarnados’ fizeram o pleno na formação na época 2024/25 – já tinham garantido os títulos de sub-15 (iniciados) e sub-19 (juniores) -, o que nunca tinha acontecido na sua história.

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