O presidente do Boavista, Rui Garrido Pereira, revelou que o clube está a trabalhar para alcançar um compromisso com a SAD, de forma a evitar mais perturbações e garantir o cumprimento do protocolo financeiro entre ambas as partes.
Em declarações à agência Lusa, o dirigente mostrou-se confiante num entendimento a breve prazo, essencial para o funcionamento do histórico emblema ‘axadrezado’, que foi despromovido à II Liga.
Segundo Rui Garrido Pereira, o clube tem enfrentado sérias dificuldades devido à ausência do pagamento do protocolo por parte da SAD, que ascende a 140 mil euros mensais. Ainda assim, garante que o Boavista não será um entrave e mostra disponibilidade para colaborar, apesar de não ter sido integrado na gestão do futebol profissional liderado por Fary Faye, com apoio do investidor Gérard Lopez.
O presidente eleito em janeiro critica o distanciamento da SAD e lamenta que as soluções propostas, nomeadamente com a empresa Digital Knight Finance, não tenham tido acolhimento por parte de Gérard Lopez. Essa proposta previa uma entrada no capital da SAD e maior união entre as duas estruturas, mas acabou por não avançar.
Rui Garrido Pereira refere ainda que as dificuldades de inscrição de jogadores em janeiro não se deveram exclusivamente à sua gestão, explicando que houve obstáculos relacionados com incumprimentos antigos. Apesar disso, sublinha que a Digital Knight Finance se mantém disponível para investir, mesmo com o clube na II Liga.
A direção do Boavista continua à procura de soluções para a recuperação financeira, mantendo contactos semanais com potenciais investidores e tentando resolver a questão da marca penhorada. Apesar das promessas feitas durante a campanha eleitoral, o líder ‘axadrezado’ reconhece que ainda há muito por concretizar e aponta como prioridade garantir a estabilidade necessária para devolver o clube ao escalão principal.