A seleção portuguesa de sub-17 voltou a fazer história esta sexta-feira ao conquistar o Campeonato da Europa do escalão, ao bater a poderosa França por 3-0, na final disputada em Tirana, na Albânia. É o terceiro título europeu da categoria para as cores lusas, depois das conquistas em 2003 e 2016.
O reencontro com os franceses — com quem Portugal empatara a zero na fase de grupos — teve um desfecho bem diferente. A equipa orientada por Bino Maçães entrou determinada e, desde cedo, assumiu as despesas do jogo. Duarte Cunha foi dos primeiros a criar perigo e, aos 30 minutos, surgiu o merecido golo inaugural. Cruzamento de Duarte Cunha, desvio de cabeça de Bernardo Lima e finalização eficaz de Anísio Cabral, num lance algo confuso, mas decisivo.
A resposta gaulesa não tardou, mas Romário Cunha, guarda-redes luso em grande forma, travou com segurança os intentos dos “bleus”. Já aos 38 minutos, nova explosão de alegria: Anísio Cabral serviu Duarte Cunha, que, com classe, deixou um defesa pelo caminho e fez o 2-0.
No segundo tempo, Portugal manteve o domínio e fechou a contagem aos 60 minutos. O recém-entrado Gil Neves, lançado por Bino Maçães apenas dois minutos antes, confirmou o triunfo com o terceiro golo, após assistência de Bernardo Lima.
A França ainda tentou reagir, mas esbarrou na segurança defensiva de Portugal e, principalmente, na exibição segura de Romário Cunha, que voltou a estar em destaque, tal como nas meias-finais frente à Itália. Até final, Yoan Pereira ainda atirou ao poste e Eymard devolveu a cortesia nos ferros portugueses, mas o resultado já não sofreu alterações.
Portugal ergue, assim, a taça e reafirma o talento da nova geração, num torneio onde mostrou identidade, qualidade e, acima de tudo, ambição. É caso para dizer: não há duas sem três!
