Geovany Quenda: “O meu momento alto foi agora quando ganhámos o campeonato”

Em entrevista à Lusa, Geovany Quenda sublinhou esta quinta-feira que o Sporting tem de dar o máximo para conquistar a Taça de Portugal, no embate frente ao Benfica.

“Vai ser, como sempre, a tentar ganhar, porque temos de ir em busca da vitória”, afirmou o extremo, de 18 anos, em entrevista à agência Lusa.

O jogador aponta baterias à final da Taça de Portugal, diz que a festa já passou e fala na importância do dérbi.

“Já passou, já passou, agora temos jogo domingo, é uma final com o nosso maior rival. Vai ser 50/50, temos de dar o nosso máximo para conseguir a vitória”, atirou Quenda.

O esquerdino ainda espera conhecer o ambiente da ‘festa’ da Taça, no Estádio Nacional, em Oeiras, sem que alimente a expectativa de superar o vivido no sábado, quando celebrou a conquista do campeonato com os adeptos, no Estádio José Alvalade, após o triunfo 2-0 frente ao Vitória de Guimarães, e nas ruas de Lisboa.

“Ainda não senti isso, mas o sábado vai ficar na minha memória. Ainda estou a viver um sonho. Este momento foi muito importante para mim e para a minha família. As melhores recordações foram na saída do estádio, quando a minha família me foi abraçar, mas o Marquês [de Pombal] vai ser inesquecível. Já esperava há muito tempo e foi importante”, recordou.

Com 53 jogos já disputados em 2024/25, seis assistências e três golos, incluindo um na estreia na Supertaça Cândido de Oliveira, no início da época, na derrota frente ao FC Porto, Geovany Quenda não hesita em escolher o melhor momento da temporada: “O meu momento alto foi agora quando ganhámos o campeonato”.

Quenda vai iniciar em 2025/26 a última temporada com a camisola verde e branca do Sporting, que já o transferiu para os ingleses do Chelsea, por 52,1 milhões de euros (ME), numa venda conjunta com Dário Essugo, para um total de 74,4 ME de receita, sem que isso altere o foco do extremo.

“Vai ser igual, da mesma forma como o primeiro dia em que aqui cheguei. Representar o Sporting tem de ser sempre um orgulho, vai ser sempre assim, todos os dias. Eu tenho é de ajudar o Sporting, onde for, até a guarda-redes jogo, se for preciso. Tenho é de ajudar o Sporting a ganhar jogos e a ganhar títulos”, vincou.

Quase uma década de leão ao peito, vai deixar marcas em Quenda, quando rumar à capital britânica.

“Vou sentir saudades, claro, porque foi o clube que me recebeu quando eu tinha 12 anos. Trataram-me sempre desta forma e só tenho a agradecer”.

O extremo também não poupa elogios a Ruben Amorim. O atual treinador do Manchester United apostou no extremo desde o início da época, estreando-o a ala direito na Supertaça Cândido de Oliveira, que perdeu frente ao FC Porto, por 4-3, no prolongamento, depois de liderar por 3-0.

“Tenho um carinho especial por ele. Foi ele que acreditou em mim e me trouxe para jogar na melhor equipa de Portugal”, frisou.

O antigo treinador dos ‘leões’, que comandou o Sporting nas primeiras 11 jornadas da edição 2024/25 da I Liga, conseguindo outras tantas vitórias, não é apenas uma pessoa especial para Quenda, é o principal responsável pelo que já fez no futebol.

“Só uma pessoa especial, não. Acreditou em mim desde o ano passado, quando me convocou duas vezes para a equipa principal. Acho que foram dos momentos mais importantes da minha vida. Só tenho a agradecer ao ‘mister'”, referiu o extremo, antes de Amorim perder a final da Liga Europa, frente ao Tottenham, por 1-0.

João Pereira foi o sucessor de Amorim e, apesar do triste desfecho, Quenda justificou-o com o peso da herança: “Da forma que nós estávamos, ia ser difícil para qualquer um. Nós estivemos com o João Pereira, mas não correu da melhor forma. Só tenho de lhe desejar boa sorte”.

O ano de 2025 começou já com Rui Borges no comando técnico ‘leonino’ e o simbolismo da sua chegada, estreando-se com uma vitória em casa por 1-0 frente ao Benfica, para a 16.ª jornada.

“O mister Rui [Borges] esteve connosco e acho que foi muito importante a forma como chegou, logo num dérbi, em que conseguimos a vitória. Conseguiu subir a equipa e acho que isso foi o mais importante. Fez-nos acreditar. Teve de se adaptar à nossa tática, o que não era fácil, porque ele jogava numa diferente, mas foi preciso para conseguirmos boas coisas”, recordou.

Continuando a sua senda de elogios e agradecimentos, Geovany Quenda destacou a exigência do avançado sueco Viktor Gyökeres — “é muito exigente e tenho de estar focado em melhorar” — e agradeceu ainda os conselhos do “melhor do mundo, Cristiano Ronaldo”, que conheceu no estádio da seleção principal.

“Disse-me para trabalhar, para continuar a trabalhar, que sou muito novo e ainda vai acontecer muita coisa na minha vida”, referiu.

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