O futebolista Alanzinho considera que a lesão que o afastou dos relvados por 11 meses atrasou o progresso da carreira, quando estava ainda vinculado ao Palmeiras, clube que se tornou mais vitorioso com o treinador português Abel Ferreira.
Depois de concluir a formação no emblema de São Paulo, sem minutos pela equipa principal, o médio do Moreirense foi emprestado ao Guarani, da Série B brasileira, e sofreu fraturas da tíbia e do perónio esquerdos durante o segundo jogo pela equipa de Campinas, no terreno do América Mineiro (0−0), em 03 de outubro de 2020.
“Infelizmente, não tive o mesmo progresso na carreira por causa da lesão que me atrasou por quase um ano a afirmação como profissional, mas cada um tem a sua vida. Infelizmente, tive esse empecilho, mas hoje estou a 100%. Todos conseguem ver o que eu faço dentro de campo”, lembra, em entrevista à Lusa.
Confrontado com a lesão, o internacional pelas seleções jovens do Brasil encarou “o cenário de não poder voltar a jogar”, antes de uma “recuperação muito boa” que o devolveu à competição em setembro de 2021, ao serviço do Operário Ferroviário, clube do estado do Paraná a militar na Série B, que também representou por empréstimo do ‘verdão’.
Cedido ao Sport Recife na primeira metade de 2022, Alanzinho marcou um golo em 16 jogos pelo conjunto do estado nordestino de Pernambuco, também do segundo escalão brasileiro, antes de rumar ao Moreirense em agosto, numa decisão que olha como a mais acertada para a carreira.
“No Brasil, muitas das equipas a que fui emprestado não tinham a ideia de jogo que eu mais gostava. Não tive tantos minutos para mostrar a qualidade que tinha. A melhor decisão foi quando cheguei ao Moreirense. Ao longo destes três anos, consegui mostrar o meu talento”, frisa.
Em Portugal, Alanzinho acompanha os jogos do Palmeiras pela televisão, apesar de vários se disputarem muito tarde no horário português, e enaltece o percurso de Abel Ferreira, treinador que assumiu o comando do ‘verdão’ em outubro de 2020 e que já venceu duas edições do principal campeonato brasileiro (2022 e 2023), duas edições da Taça Libertadores (2020 e 2021) e uma Supertaça sul-americana (2022).
“Quando estava a recuperar da lesão, ele chegou ao Palmeiras. Acompanhei o início do trabalho dele. É um treinador muito experiente, com uma trajetória sensacional. Está a tornar o clube vitorioso. Vemos alguns momentos mais baixos, mas sempre com o Palmeiras muito regular, a lutar pelos títulos”, disse, a propósito da equipa que lidera o Brasileirão de 2025, após nove jornadas.