I Liga (balanço): Rodrigo Mora foi ‘oásis’ no ‘deserto’ do FC Porto

O jovem médio Rodrigo Mora foi um verdadeiro ‘oásis’ numa ‘desastrada’ primeira época completa de André Villas-Boas como presidente do FC Porto, depois de mais de quatro décadas de liderança de Pinto da Costa.

Numa temporada marcada, para os portistas, pela morte do ex-presidente, o presidente dos presidentes, os ‘dragões’ cumpriram um trajeto globalmente falhado, e no qual o único motivo de esperança parece ser a renovação da sua ‘pérola’.

Após cumprir o 18.º aniversário, Rodrigo Mora renovou contrato até 2030, com uma cláusula de rescisão de 70 milhões de euros, depois de uma segunda metade da época de grande nível, para acabar a prova como segundo melhor marcador da equipa, com 10 golos.

O jovem médio portista, nascido no Porto, em 05 de maio de 2007, começou a época na equipa B, mas, aos poucos, foi sendo lançado por Vítor Bruno, o técnico que iniciou a temporada, ainda que recebendo constantes ‘reparos’.

O sucessor e ex-adjunto de Sérgio Conceição hesitou em colocar o ‘miúdo’ no ‘onze’, mas acabou por render-se e, à 15.ª jornada, colocou-o de início em Moreira de Cónegos, onde o FC Porto conseguiu, então, a liderança provisória.

A resposta não poderia ter sido melhor, já que o adolescente Mora, então com 17 anos, foi a grande figura dos portistas, ao assistir o espanhol Samu para o primeiro golo, aos 16 minutos, e marcar o segundo, aos 66.

Na jornada seguinte, a 16.ª, já não foi uma surpresa a presença do jovem jogador no ‘onze’ e, agora perante a plateia do Dragão, o 86 dos portistas voltou a encantar, com mais uma assistência e um ‘golaço’, num expressivo 4-0 ao Boavista.

Depois de dois jogos em ‘grande’, Mora quase foi expulso no reduto do Nacional (0-2) e voltou ao banco em Barcelos, com o Gil Vicente (1-3), em dois desaires consecutivos dos portistas que acabaram por custar o lugar a Vítor Bruno.

O interino José Tavares não devolveu o ‘onze’ a Mora no seu jogo como interino, face ao Santa Clara (1-1), mas, com a chegada do argentino Martín Anselmi, o jovem médio voltou à titularidade, que jamais perdeu até ao final da época, contando-se como a grande figura da equipa.

Com o adeus de Galeno e Nico González, e o ‘desaparecimento’ da pontaria de Samu, só Mora foi amenizando os ‘desastres’ portistas, nomeadamente com golos.

A veia goleadora do ‘miúdo’ começou a parecer na parte final da temporada, marcando a AVS (2-0 em casa, à 26.ª ronda), Estoril Praia (2-1 fora, à 27.ª), Casa Pia (1-0 fora, à 29.ª), em dose dupla ao Famalicão (2-0 em casa, à 30.ª) e ao Boavista (2-1 fora, à 33.ª), sendo mesmo eleito o melhor jogador da I Liga em abril.

A fechar, marcou o último golo do FC Porto no triunfo caseiro com o Nacional (3-0), para fechar a prova com ‘redondos’ 10 golos, em 23 jogos, 16 como titular.

Com contrato renovado, os adeptos portistas esperam que Mora, que Roberto Martínez ainda não se ‘lembrou’ de chamar à seleção ‘AA’, possa ficar alguns anos, sendo que será à sua volta, certamente, que será edificado o FC Porto 2025/26.

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