O Estádio do Rio Ave está a ser alvo de uma profunda intervenção, com as obras na bancada central já em curso e a promessa da Direção de que tudo estará pronto a tempo do início da 92.ª edição da I Liga.
A infraestrutura ficou severamente danificada pela depressão “Martinho”, que em março provocou a destruição da cobertura, levando o clube a declarar a impossibilidade de realizar jogos oficiais no recinto.
Desde então, o Rio Ave teve de jogar fora de portas, escolhendo o Estádio Capital do Móvel, em Paços de Ferreira, como casa emprestada. Foi lá que disputou as últimas cinco jornadas do campeonato, incluindo a derradeira ronda frente ao Gil Vicente, que marcou também o adeus aos relvados de Vítor Gomes, histórico médio com 239 jogos pelo clube.
A intervenção no estádio de Vila do Conde inclui não só a requalificação da cobertura da bancada central, como também a renovação total do relvado, que será sujeito a uma consolidação antes de poder voltar a receber partidas.
A expectativa é que, dentro de dois meses, os trabalhos estejam concluídos, permitindo a inspeção da Liga Portugal para validar as condições de segurança e operação.
O regresso a casa simboliza também o cumprimento do plano traçado pela presidente Alexandrina Cruz, que quer devolver ao clube a estabilidade e identidade perdidas na reta final da temporada passada. A época 2024/25 será a 32.ª presença do Rio Ave na elite do futebol nacional e, apesar de ainda não haver treinador definido, o clube prepara o futuro com ambição.
Com estádio e relvado a caminho de uma nova vida, o Rio Ave espera agora reunir todas as condições para voltar a fazer do seu reduto uma fortaleza e deixar para trás um período conturbado, marcado por incertezas estruturais e mudanças profundas dentro e fora das quatro linhas.
